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RESENHA DO TEXTO “QUESTÃO SOCIAL” DE OCTAVIO IANNI

Enviado por   •  19 de Abril de 2018  •  1.719 Palabras (7 Páginas)  •  363 Visitas

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Muitos dos indivíduos acabam tento um envolvimento com as drogas e para o sustento do seu vício, e tentar quitar sua dividas com o traficante, se submetem a revender ou realizar viagens levando maiores quantidades de produtos ilícitos, mas, muitas vezes eles não chegam ao seu destino final, levando o mesmo a prisão ou a morte.

As inúmeras expressões da questão social que podemos ver nas imagens acima, nos faz pensar se realmente há alguma das politicas sociais já implantadas consiga amenizar ou ao menos tentar que essa tamanha desigualdade diminua, ou num futuro não tão distante, desapareça.

Segundo o texto Cinco notas a propósito da “Questão Social” de José Paulo Neto, o maior desafio de um assistente social é lidar com a questão social, porque enquanto existir desigualdades, haverá lutas, pois as expressões da questão social são inúmeras e vastas. A profissão em si exige uma renovação constante, até porque a questão social está enraizada em nossa sociedade, e suas expressões cada vez mais em evidência, como podemos ver nas imagens apresentadas, uma das expressões denominada migração, esse fator impacta nas demais expressões da questão social, contribuindo para o grande crescimento das periferias, como mostra a imagem.

Vivemos em um mundo capitalista que cada vez mais exige mão-de-obra especializada, que atenda sempre as novidades e tecnologias, o mercado constantemente se torna mais exigente e muitas vezes os indivíduos que buscam novas oportunidades de trabalho, não estão aptos para ser inseridos nas vagas que estão sendo ofertadas, sem emprego, os mesmos saem de suas cidades em busca de uma melhor condição de vida.

Quando os indivíduos migram de suas cidades, as suas perspectivas são de uma melhor condição de vida para si e sua família, ao chegar ao destino escolhido, visto por eles como grandes oportunidades de emprego, os mesmos se deparam com uma realidade totalmente oposta de seus ideais.

Em decorrência desse processo migratório para os grandes centros, os mesmos sem uma infraestrutura urbana adequada para suportar essa demanda, o indivíduo acaba sendo obrigado a ocupar lugares que não dispõem do mínimo necessário para ter uma melhor condição de vida, são lugares impróprios sem condições de moradia, saúde, educação, transporte, lazer e saneamento básico, enfim, sem o mínimo de condição do próprio indivíduo se tornar capaz de promover uma transformação em sua vida e de seus familiares.

Ao se deparar com essa realidade, bem diferente da idealizada quando os mesmos saíram da sua terra natal, começam a enfrentar as dificuldades do seu cotidiano, quando vão à busca de uma oportunidade de emprego que muitas vezes lhe é negado por discriminação que há por parte do empregador, pelo fato de morar em um lugar de ocupação. Com essa falta de oportunidade de trabalhar legalmente, e tendo que sobreviver, muitos começam a trabalhar informalmente ou então caminhar no mundo do tráfico ou dos trabalhos ilícitos, para ter um meio de sustento para sua família.

Quando o Estado e o município investem para trazer uma “solução” para esses indivíduos que está nessas ocupações, não o faz pensando nos mesmos, mas sim para favorecer aos interesses do proprietário do lugar ocupado e dos empresários local que muitas vezes se sentem prejudicados por essa situação.

Em meio a tudo isso, os assistentes sociais são vistos como um amparo de uma população inteira que confia e acredita que eles possam ser uma solução para seus conflitos.

É importante pontuar que, a questão social passou a existir quando pessoas tinham propriedade privada e algumas não, mas, o divisor de águas foi a Revolução de 1848, quando houve uma onda de industrialização e a desigualdade tornou-se o maior problema de uma sociedade e ficou totalmente evidente e exposta a população necessitada.

Desde aquela época o pensamento que se tinha era de que é preciso tomar providências que amenizem tamanha desigualdade, não prejudicando a burguesia, também foi preciso conter as manifestações e as insatisfações de um povo.

Tentamos olhar para nossa sociedade como pessoas dignas de todas as chances que o mundo capitalista se dá através da exploração, força de trabalho com um salário muito baixo em comparação ao lucro. Enfatizando que os mesmos que trabalham em empresas de grandes nomes, não podem comprar os produtos, ou seja, eles fabricam, porém não pode se beneficiar dos mesmos, como Marx pontua.

Marx também enfatiza que mesmo dando auxílio aos que precisam isso não tira a essência exploradora do capitalismo, ou seja, podemos analisar que o capitalismo não tem compromisso social nenhum. Na década de 70, intelectuais da época questionavam que pela teoria de Marx, poderia existir uma “nova questão social”.

Neto volta a dizer que, inexiste qualquer “nova questão social”, o que se renova são as novas expressões da questão social, considerando as particularidades culturais, políticas e econômicas de uma região, ou seja, a relação capital/trabalho é inesgotável enquanto existir tamanha exploração de massa.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

IANNI, Octavio. A questão social, Revista USP. São Paulo, 1989 pt.m.wikipedia.org/wiki/Octavio_Ianni

NETO, J. P. Cinco Notas a Propósito da “Questão Social”. In: Revista Temoralis nº3. ABEPSS, 2003.

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