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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS NO CONTEXTO UNIVERSITÁRIO

Enviado por   •  15 de Marzo de 2018  •  1.833 Palabras (8 Páginas)  •  322 Visitas

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Em relação ao tempo dos treinamentos, dos 199 sujeitos que participaram da pesquisa, somente 43,7% especificaram o tempo aproximado, em horas, de participação dos trabalhadores dos respectivos Laboratórios/Serviços em treinamentos nessa área. A partir das respostas obtidas obteve-se uma média de 18 horas de treinamento oferecidas aos funcionários desses locais.

Quanto à percepção dos sujeitos em relação ao manejo dos resíduos gerados em seus Laboratórios/Serviços, a maioria considerava adequada (60,3%), enquanto 28,2% indicaram que precisava melhorar, 5,0% consideravam inadequado e 6,5% não informaram. Vale ressaltar que essa é a percepção dos sujeitos, o que não corresponde necessariamente à realidade, haja vista o elevado percentual de desconhecimento e inadequações identificadas nas respostas às diferentes etapas do manejo.

Conclusões:

Os achados revelam a necessidade de implantação de um Plano de Gerenciamento unificado para o Campus da USP de Ribeirão Preto adequado às normas e legislações vigentes, envolvendo os diversos laboratórios e serviços, a fim de abranger as diferentes fontes geradoras de resíduos.

O Plano de Gerenciamento de Resíduos deve buscar a padronização de técnicas e procedimentos que devem ser utilizados no manejo dos resíduos gerados, de modo à disciplinar esse sistema de gestão, com vistas à minimização de risco, não apenas aos trabalhadores que lidam diretamente nos Laboratórios/Serviços, mas a toda comunidade e também ao meio ambiente.

Outro fator importante que as Instituições de Ensino Superior (IES) devem prever na elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos é em relação ao cumprimento das exigências legais. Os responsáveis dos Serviços/Laboratórios devem ter conhecimento das resoluções, normas e leis a serem seguidas na elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos, destacando as especificações da NBR 10.004 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), da RDC 306/04 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), da Resolução nº 358/05 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), a recém-publicada Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), dentre outras, como a Norma Experimental 6.05 da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), quando envolverem resíduos contaminados com material radioativo (ABNT, 2004; BRASIL, 1985; 2004; 2005; 2010).

Dessa forma, a implantação de um Plano de Gerenciamento de resíduos em IES que possuam Laboratórios/Serviços responsáveis por gerar diferentes tipos de resíduos, muitos deles perigosos, não é só uma responsabilidade social e ambiental, mas também legal.

Além disso, as Instituições de Ensino Superior (IES) devem buscar um desenvolvimento de forma sustentável que contribua para a disseminação de novos conceitos e práticas ao alcance de um processo de desenvolvimento em equilíbrio entre proteção ambiental, crescimento econômico e equidade social, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades, conforme os princípios de desenvolvimento sustentável, com a intenção de fornecer informações valiosas para processos de decisão político-administrativa estendendo esses conhecimentos à população em geral (CMMAD, 1991).

Dessa forma, os dados levantados nesta pesquisa poderão auxiliar a administração ao fornecer subsídios para a elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos que atenda às necessidades dos diferentes setores da Universidade, de forma integrada, trazendo as diretrizes que devem ser respeitadas em cada fase do manejo, de acordo com as legislações vigentes, respeitando as especificidades dos resíduos gerados em suas delimitações.

A partir da realização deste estudo, espera-se que outras instituições à luz de uma preocupação ambiental e social, possam utilizar este estudo como parâmetro para a realização de novos estudos nessa área.

Palavras-chave: gerenciamento de resíduos; Instituição de Ensino Superior, resíduos perigosos

Agradecimentos:

Esta pesquisa teve o apoio financeiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Referências bibliográficas:

[ABNT] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10.004: Resíduos sólidos – Classificação. Rio de Janeiro: 2004. 71 p.

BARROS, A. J. P.; LEHFELD, N. A. S. Fundamentos de metodologia: um guia para a inicialização científica. São Paulo: McGraw-Hill, 1986. 122 p.

BRASIL. Comissão Nacional de Energia Nuclear. Resolução CNEN-NE-6.05, de 27 de novembro de 1985. Gerência de rejeitos radioativos em instalações radiativas. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 17 dez. 1985.

_____. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC n° 306, de 07 de dezembro de 2004. Dispõe sobre o regulamento técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 10 dez. 2004.

_____. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução n° 358. Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos de saúde e dá outras providências. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 04 maio 2005.

_____. Lei nº 12.305, de 02 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providencias. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 03 ago. 2010.

[CMMAD] COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO. Nosso futuro comum. Rio de Janeiro: Editora FGV, 1991. 226 p.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2010. 184 p.

GÜNTHER, W. M. R. et al. Elaboração de plano de gerenciamento de resíduos de serviço de saúde – PGRSS. São Paulo: USP, 2010.

PHILIPPI JÚNIOR, A.; AGUIAR. A. O. Resíduos sólidos: características e gerenciamento. In: PHILIPPI JÚNIOR, A. Saneamento, saúde e ambiente: fundamentos para um desenvolvimento sustentável. São Paulo: Manole, 2005. cap. 8, p. 267-321.

PUGLIESI, E.; GIL, E. N. L.; SCHALCH, V. Caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos de serviço de saúde gerados em hospital de médio porte no município de São Carlos, SP. Revista Minerva, São Carlos, v. 6, n. 2, p. 213-217, maio/ago. 2009.

SCHALCH, V. Estratégias para a Gestão

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