Benjamin - a obra de arte da era de sua reprodutibilidade técnica.

...

e especulativo. Entretanto, a ética não pode deixar de ter como fundamento a concepção filosófica do homem – desde que essa filosofia esteja ancorada na ciência.

Vázquez destaca a psicologia como sendo uma ciência que contribui muito para a ética, na medida em que a atividade moral é sempre vivida em um processo subjetivo do indivíduo. A psicologia pode, então, elucidar questões relativas às motivações internas do comportamento do sujeito, à estrutura do caráter e da personalidade, à gênese da consciência moral, entre outras. Outras ciências que se relacionam com a ética são a antropologia social e a sociologia, devido ao fato de que o sujeito do comportamento moral está inserido num contexto social, numa sociedade – na qual vigora uma determinada moral efetiva. Nesse sentido, para que se possa dizer que alguém se comporta moralmente, é preciso que os fatores sociais que lhe influenciam passem por sua consciência (somente dessa forma o indivíduo teria poder de decisão e responsabilidade sobre a forma como age).

Os estudos antropológicos (e a história) contribuíram com a ética também no sentido de demonstrar que existe uma diversidade de morais no tempo, no espaço e de acordo com as diferentes sociedades. Daí foi possível à ética teorizar sobre o caráter mutável das morais das sociedades, além de buscar responder a um problema fundamental: o de determinar se existe ou não um progresso moral.

Outra área que contribui com os estudos da ética é a do direito, já que ambas disciplinas estudam o comportamento normativo do homem. Tem-se, também, a economia política tangenciando a ética, na medida em que os homens estabelecem relações econômicas e que estas influem na moral e/ou têm certa conotação moral.