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Agradecemos a colaboração da Professora Ana Paula Cantante, visto que nos deu importantes orientações na elaboração do presente trabalho.

Enviado por   •  28 de Diciembre de 2018  •  6.897 Palabras (28 Páginas)  •  423 Visitas

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Na actualidade, pode falar-se de vários métodos contraceptivos, ou seja, diferentes e variadas formas que permitem evitar que se fique grávida, desde que usados correctamente e com o consentimento de ambos os membros do casal. Isto acontece uma vez que, só desta forma ou a ausência total de relações sexuais, poderão evitar uma situação de gravidez indesejada.

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Alguns dos métodos modificam o funcionamento normal das gónadas (locais de formação dos gâmetas), evitando a gametogénese, ou seja, a formação dos gâmetas; outros tornam impossível o encontro entre os diferentes gâmetas e, consequentemente, impedem a fecundação; e outros ainda, impedem a nidação do embrião, impossibilitando que este se fixe à parede do útero e se desenvolva.

Exceptuando o caso de abstinência total de relações sexuais, os diferentes métodos contraceptivos que previnem a libertação e o encontro dos gâmetas podem ser falíveis em determinadas circunstâncias, embora apresentem as mais elevadas taxas de eficácia contraceptiva.

A libertação dos gâmetas pode ser evitada de duas formas: por meio químico, como por exemplo no caso da pílula; ou por meio cirúrgico, submetendo-se um dos membros do casal a fazer laqueação de trompas (na mulher) ou a vasectomia (no homem).

Existem também, os métodos de barrreira, que impedem que o espermatozóide e o oócito II se encontrem, pela interposição de uma barreira física entre eles, como o preservativo e o diafragma, entre outros.

A gravidez pode ainda ser evitada recorrendo à utilização de métodos naturais, que implicam um elevado conhecimento da mulher do seu próprio corpo e da sua funcionalidade, assim como uma relação muito estável e madura do casal.

A nidação do embrião pode também ser impedida através de dispositivos intra-uterinos ou, em última instância, recorrendo à pílula do dia seguinte, que não é considerada um método contraceptivo, mas vista como um último recurso.

Todos estes tipos de métodos contraceptivos serão abordados com maior rigor e pormenor ao longo do trabalho.

Assim, sendo a contracepção uma decisão demasiado importante para ser menosprezada, cada pessoa deverá escolher o método mais adequado às suas necessidades e para tal, deverá procurar mais e melhor informação para estar completamente dentro do assunto e ser capaz de fazer a melhor escolha. Poderá recorrer a um Centro de Saúde e junto de um enfermeiro ter uma consulta de planeamento familiar, que lhe proporcionará uma informação adequada, qualificada e completa, ajudando-o a fazer uma escolha informada e ajustada a si.

Todo este trabalho envolveu uma pesquisa bibiográfica e electrónica sobre o tema abordado, sendo que essa informação foi trabalhada de forma concisa e minuciosa, de modo a que todos os conceitos e temáticas fossem apresentados com o maior rigor e exactidão possíveis.

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- OS DIFERENTES MÉTODOS CONTRACEPTIVOS

Neste item apresentam-se os diferentes tipos de métodos contraceptivos, a sua definição e utilização, modo de actuação, as suas vantagens e desvantagens.

1.1. CONTRACEPÇÃO HORMONAL

A contracepção hormonal é um dos métodos mais eficazes e cómodos de usar, geralmente, administrado por via oral, permitindo o controlo da natalidade, utilizando hormonas semelhantes às produzidas naturalmente pelos ovários, que diferem na composição e na dosagem dos derivados hormonais que as constituem, pela presença ou ausência de estrogénio ou pela melhoria da progesterona e prevenindo a gravidez.

Este tipo de contraceptivos deve ser tomado tendo em conta a opinião de um médico, para que ele avalie se se trata da solução mais adequada a cada caso e se a administração é correcta e benéfica, pois nem todas as mulheres podem tomar pílulas contraceptivas, uma vez que os componentes hormonais podem provocar ou agravar doenças.

Existem dois tipos de pílulas, a combinada, que pode ser monofásica, bifásica/trifásica e diária, e a minipílula ou pílula progestativa.

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Figura 1- pílulas

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- Pílulas Combinadas

As pílulas combinadas são constituídas por estrogénio e progesterona. Estas diferenciam-se entre si, devido às doses hormonais que cada uma contém em cada comprimido, sendo a monofásica constituída pela mesma dose de hormonas e tomada todos os dias, durante 21 dias, seguindo-se de um intervalo de sete dias, recomeçando a nova embalagem ao oitavo dia. As bifásicas/trifásicas são constituídas por diferentes doses de hormonas e apresentam-se na embalagem com diferentes cores. Estas devem ser também tomadas todos os dias, durante 21 dias, seguindo-se de um intervalo de sete dias. As embalagens das pílulas diárias são formadas por 28 comprimidos, sendo por isso tomadas todos os dias sem nenhum intervalo, pois 21 comprimidos são pílulas activas e sete comprimidos são pílulas inactivas, ou seja, não possuem hormonas. É importante que todas estas pílulas sejam tomadas pela ordem correcta e na altura certa, para que se tornam eficazes na prevenção da gravidez.

Com a administração da pílula combinada, esta vai actuar ao nível do complexo hipotálamo-hipófise inibindo a secreção de gonodoestimulinas devido à sobrecarga dos estrogénios. Deste modo, não ocorre ao nível dos ovários a maturação de folículos nem a ovulação devido à diminuição da produção de LH, e há uma activação ao nível do útero onde ocorre crescimento do endométrio, aumentando a espessura do muco cervical, para evitar a movimentação livre dos espermatozóides e tornar o revestimento uterino mais fino, evitando que o ovo fertilizado se implante e se desenvolva.

- Minipílulas

A minipílula não bloqueia a ovulação, mas mantém as características do muco cervical típicas da fase luteínica, impedindo a circulação dos espermatozóides no colo uterino e produz alterações no endométrio, tornando-o desfavorável à implantação do embrião, sendo a sua eficácia menor que nas pílulas combinadas.

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